
Lisboa embargada, Lisboa adormecida. Já te falei de Lisboa. A Lisboa amanhecida que me fixa estremunhada. É a minha Lisboa. Aquela luz suave que desliza pelos ossos e anuncia as estrelas. É dessa Lisboa que falo. A minha Lisboa.
Quando me disseste aquilo, não pude deixar de pensar no fim de ano. As janelas abertas nos prédios amarelos pálido. Havia aquela necessidade de verdade imensa.
Sabes o que é que fiz a seguir? Sigur Rós como um transplante de córnea. Na voz de JFK disse-te, Nós somos todos Islandeses.
O gelo sobre a pele, e a verdade como gelo. A ordem lógica das coisas. É claro que sim. Vais-me perdoar se discordo que as coisas têm uma ordem, e que essa ordem é lógica.
A única coisa lógica é a Lisboa que se embebeda sobre a calçada estéril. O que é bom. Se a calçada se reproduzisse com a especturação dos Lisboetas, Lisboa seria a maior montanha de calhaus deste planeta. Mas continuaria a ser a minha Lisboa.
2 comments:
É impressionante como cada frase que deixas escrita se torna admirável e boa de se ler! Reagi da mesma forma, de como reagi quando olhei pela primeira vez para um escrito teu, arrepiei-me e sorri! Escreves admiravelmente!
Escondo-te para não me ver
(manisfestação publica da verdade)
e desejo-te...
por vezes exponho o meu ombro direito,
lambo-o...
e desejo...cheiro a jardim acabado de regar...
desejo as ondas Hertzianas por detrás da faringe a precipitar vontades inaláveis...o teu cheiro natural como a fruta madura em grata exibição de feromonas
(...morcelas que a minha memória gosta de reter.)
A paronoia da verdade é facilmente comprada no mercado do imediato
e a nossa historia fica deixada sem rega.Sou eu que sei?
Infelizmente nunca mais fui atingida por uma laranja e gostava de saber se ainda tens braços?
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A minha Lisboa vale por sementes dessa tarde e aquilo que sinto é injusto, mas verdade.
nota:oiça-se até ao fim sem pressa, como um verdadeiro islandês faria.
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