
1 Then the LORD said to Moses, “Go to Pharaoh and say to him, ‘Thus says the LORD, “Let My people go, that they may serve Me. 2 “But if you refuse to let them go, behold, I will smite your whole territory with frogs. 3 “The Nile will swarm with frogs, which will come up and go into your house and into your bedroom and on your bed, and into the houses of your servants and on your people, and into your ovens and into your kneading bowls. 4 “So the frogs will come up on you and your people and all your servants.”’” 5 Then the LORD said to Moses, “Say to Aaron, ‘Stretch out your hand with your staff over the rivers, over the streams and over the pools, and make frogs come up on the land of Egypt.’” 6 So Aaron stretched out his hand over the waters of Egypt, and the frogs came up and covered the land of Egypt. 7 The magicians did the same with their secret arts, making frogs come up on the land of Egypt.
Mangnolia, ao contrário de One Million Dollar Baby, é um filme sobre a falta de esperança; a falta de esperança numa das suas formas mais monolíticas e definitivas que é o arrependimento. Subsiste sempre a esperança do perdão. Mas estes personagens que habitam o Magnólia estão muito para além do perdão; a percepção da sua finitude e o peso da culpa necessitam de um tipo de perdão superior – uma redenção que é muito mais alcançável pelo não perdão e pela continuação da dor decorrente da doença que têm.
Mangnolia, ao contrário de One Million Dollar Baby, é um filme sobre a falta de esperança; a falta de esperança numa das suas formas mais monolíticas e definitivas que é o arrependimento. Subsiste sempre a esperança do perdão. Mas estes personagens que habitam o Magnólia estão muito para além do perdão; a percepção da sua finitude e o peso da culpa necessitam de um tipo de perdão superior – uma redenção que é muito mais alcançável pelo não perdão e pela continuação da dor decorrente da doença que têm.
Earl Patridge e Jimmy Gator são os centros amorais da história. Um abandonou a mulher quando esta adoeceu, obrigando o filho de 14 anos a tomar conta dela. O outro abusou sexualmente da filha. Ambos exprimem um amor sombrio pelas mulheres; um amor marcado pela distância, pelo desprezo e pela traição. Mais do que procurarem o perdão dos filhos, procuram uma absolvição superior. Por isso sentem-se confortáveis com a sua dor. Exibem a sua doença como contra-peso de toda a dor que provocaram.
Mas não os únicos latejados pelo arrependimento. A filha de Jimmy Gator, Cláudia seguiu um caminho de abusos após fugir de casa, marcado pela droga e pela prostituição. A mulher de Earl, Linda (uma sublime Julianne Moore), casou-se por dinheiro, e é uma infiel compulsiva.
Há poucas vítimas no filme: Frank T.J. Mackey, Donnie Smith, e Stanley Spector são vítimas. O primeiro é o filho abandonado de Earl e agora um misógino profissional. Donnie e Stanley são o antes e depois. Ambos concorrentes vencedores do concurso apresentado por Jimmy Gator e produzido por Earl Patridge, são abusados pelos pais que se aproveitaram e se tentam aproveitar do sucesso dos seus filhos.
Na realidade, todos os filhos são de alguma forma vítimas e cada um reage à sua maneira. Uns arranjam desculpa para perder e se deixarem corromper (Donnie Smith) e Claudia, outros arranjam desculpa para ganhar e terem sucesso (Frank T.J. Mackey).
Existe um desarmante centro moral da história. O polícia Jim Kuring (um genial John C. Reilly) acorda de manhã, faz exercício, realiza as suas orações e fala sozinho no carro com Deus. Refila com quem diz palavrões, e fala a toda a gente como se fossem crianças. Jim sofre de um tipo especial de falta de esperança: a ausência de amor. Jim, como Donnie não são pecadores; seguem as suas vidas minúsculas num corredor preto e branco, sem capacidade para apreender a ambiguidade do desbotado, do cinzento fisco – e não são recompensados pela sua pureza. Antes pelo contrário, todos os elementos amorais da história têm sucesso – ou se são vítimas, como Frank T.J. Mackey, alcançam o sucesso através da mentira, do encobrimento, da falsidade. A única moral prevalente é que é imoral não ter sucesso.
No fim do filme, o nosso anti-herói Jim Kuring elabora um discurso sobre a lei e a ordem; discorre sobre a dificuldade em julgar e aplicar a lei. O cerne do discurso é perdão. O quê que podemos perdoar? O quê que não podemos deixar passar? Pela primeira vez, Jim aproxima-se se um domínio descolorido, sem contraste.
O quê que se pode perdoar? Qual é o domínio das acções passíveis de perdão e aquelas exclusivas do castigo.
Este arrependimento que divaga pelo filme é um arrependimento muito próprio e desprovido de esperança. Não só o perdão não é suficiente, como o castigo não é uma pena – antes algo porque se anseia. Em a Million Dollar Baby tem-se o contra-ponto exacto. Maggy não pretende julgar, nem pretende impor qualquer moral. Ela quer realizar os seus sonhos. E realiza-os sem magoar ninguém.
Não existem sonhos no Magnólia, apenas insidiosas e purulentas recriminações sem fim pelo sucesso ter sido alcançado pela falsidade e pela dor, ou por não se ter alcançado sucesso algum. Emana dele toda uma moralidade muito cristã que afirma que ninguém está desprovido de pecado, a não ser os imbecis rectilíneos. Não existem Maggys. Mas tem sapos.
1 comment:
aprecio a tua memória. é muito intrigante.quando te conheci não ligavas muito a palavras de grandes valores, eras mais de grandes palavras. Hoje estás mais simples e marcante, como um filme não suposto. E eu gosto disso.
Parabéns pela fluidez natural que se acolhe sem desagradáveis questões.
beijos meu caro amigo.
Carolina
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