
A forma como dizes que sim; e que não. E a forma como dizes as duas ao mesmo tempo. Em simultâneo para ser correcto. E eu digo que talvez, mas talvez queira dizer o mesmo que tu. E em conjunto não dizemos nada, os lábios presos nesse nada adocicado, e as peles cozidas sobre o silêncio.
Não, porque sim, essa proposição sórdida; mas depois mexes no cabelo e ajeitas o sorriso com o olhar. Talvez, e eu digo, porquê, mas já o silêncio jorra entre os nossos corpos rarefeitos, um do outro. E nós nunca seremos nem um nem outro, mas um apetite de nos tornarmos únicos, como um copo de vinho espalmado sobre o deserto impávido.
Sim, nós somos algo de estranho, Principalmente, um sem o outro. Resta o adagieto de Malher ao fundo. E tudo volta a fazer sentido.
6 comments:
existem coisas que só acontecem uma vez na vida, existem outras que se repetem, porque tinham de ser... mas não são porque não as deixam;dizes que sim, dizes que não, acabas por não dizer nada, e assim se fica sem sentido, um sem o outro para sempre com tudo o que isso abarca; silêncio estupido e incongruente, um vazio curado por momentos vagos até a eternidade...momentos vagos que podem substituir os que queriamos, ou talvez não... coisas que tinham de ser não foram e assim nos tornamos estranhos principalmente um sem o outro para sempre
É verdade. Existem coisas que só acontecem uma vez na vida..
E outras que se podem repetir. E que se repetem. E mais outra tentativa. Erro. Não deveria ser repetido.
Nunca deveria ter acabado.
Nunca deveríamos ter deixado de existir.
E a mim parece-me que compreendi, parece-me que não. Há coisas que se compreendem uma vez na vida, outras que se voltam a compreender e outras ainda que nunca se deverá voltar a tentar compreender.
Realmente concordo que em(ves)de ficava bem como ligação de vez e de... não fosse vesde uma forma gramatical prussiana do ver verbo ver. Vistes?
Bom template!
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